sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Quem não se lembra com carinho daquela boneca, ferro de engomar ou MARIONETE ?




Na nossa sociedade cada vez mais tecnológica e consumista, as brincadeiras tradicionais foram sendo abandonadas e substituídas por outros brinquedos e jogos, os chamados de - electrónicos. Aqui vão dois exemplos de brinquedos resgatados da minha infância e que muitas saudades deixaram em mim.
À medida que crescemos, vamos aumentando a nossa relação com o objecto fundamental para a formação da nossa personalidade, o brinquedo. Quem não se lembra com carinho daquela boneca ou MARIONETE ?
Cristina Von, no seu livro: "A História do Brinquedo- para as crianças conhecerem e os adultos se lembrarem" da Editora Alegro, diz-nos que, - as MARIONETES encontradas no Egipto tinham o corpo de madeira e a cabeça de marfim e serviam de divertimento para os faraós. Mais tarde, em Atenas, no século V a.C., o TEATRO DE MARIONETES já apresentava as grandes tragédias gregas. Na Idade Média, em muitos países europeus, os padres usavam-nas para ensinar o evangelho. Com o aparecimento das peças cómicas, com textos vulgares e profanos, as autoridades religiosas proibiram a sua apresentação nas igrejas. Tornaram-se então um divertimento popular nas ruas, com temas livres apresentados em parques e feiras. A partir do século XII atingiram grande populariedade na Itália e na França, espalhando-se por toda a Europa. As histórias que contavam podiam ser tiradas do teatro, da ópera ou de lendas. Mas haviam peças especialmente escritas para elas, por famosos dramaturgos.
Foram os portugueses que levaram o TEATRO DE MARIONETES, para o Brasil, no século XVI, para ser utilizado como instrumento de catequese dos índios.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Brinquedos e Brincadeiras Tradicionais

Na brincadeira, a criança exercita a sua curiosidade natural e a sua necessidade de aprender e compreender o mundo que a rodeia. É fundamental garantir às crianças, na escola e na família, não apenas momentos e materiais que possibilitem o exercício do brincar, mas também estímulos que a auxiliem a desenvolver as suas potencialidades de maneira lúdica e divertida.
Observamos que na nossa sociedade tecnológica e consumista, muitas brincadeiras tradicionais foram sendo abandonadas e substituídas por brinquedos electrónicos, alguns dos quais fazem tudo sozinhos, exigindo o mínimo de participação da criança, geralmente para apertar alguns botões.
Acredito que a cultura implícita nos brinquedos e brincadeiras tradicionais, para não se perderem, terão de ser resgatados pela escola e pela família, pois além de fazerem parte da cultura da infância, podem estimular a criatividade, a coordenação motora, a imaginação, a percepção visual, auditiva, táctil e a concentração.
O conhecimento e manipulação desses brinquedos e brincadeiras tradicionais, como o pião, a macaca, o papagaio-de-papel, as cordas de saltar, o carrinho de rolamentos e outros tantos, além de trazerem elementos de cultura, permitem às crianças inúmeras oportunidades de se expressarem.
O envolvimento das crianças na pesquisa de brinquedos, seja através da observação dos brinquedos que têm em casa, de conversas com os pais e avós sobre os brinquedos de que gostavam na sua infância ou de visitas a espaços como Ludotecas ( no Brasil são chamadas de Brinquedotecas ) ou Museus do Brinquedo, é muito produtivo, considerando que este é um tema altamente significativo e mobilizador para as crianças, pois não apenas fazem parte da sua realidade como da sua bio-identidade, como são os meios mais adequados para aprender prazerosamente. Além disso, se ajudarmos as próprias crianças a construir brinquedos e jogos tradicionais através da utilização de materiais reutilizados, estamos , por um lado, a promover a sua criatividade e habilidades motoras, por outro lado, a desenvolver nas crianças o espírito de defesa do ambiente.
Creio que fica evidente, para os pais e professores a importância de valorizar as brincadeiras e brinquedos tradicionais da infância com as suas crianças, dando-lhes o tempo, o espaço e a oportunidade de brincarem.
Se os próprios adultos puderem relembrar e rever as suas experiências de infância com os seus filhos e alunos, ainda melhor. Se não tiveram esta vivência, eis uma oportunidade nova de brincar...